Clima esquenta para habitantes das Maldivas
As mudanças climáticas podem parecer um fenômeno distante ou de ocorrência apenas sazonal para muitos em território brasileiro e mesmo no mundo. Agora, para os habitantes das Ilhas Maldivas, o problema é eminentemente grave e pode ocasionar mudanças drásticas aos seus 350 mil habitantes.
Em função do risco oferecido pela tendência global da elevação do nível do mar, Mohamed Nasheed, o presidente do pequeno país rodeado pelo Oceano Índico, anunciou recentemente que está considerando deslocar toda a sua população para a Austrália, em um movimento massivo de migração. Estima-se que a consequência do degelo das calotas polares poderá ocasionar o desaparecimento gradual das Ilhas.
Graças à condição de país vulnerável, as Maldivas foram uma das protagonistas da Cúpula dos Países Vulneráveis às mudanças climáticas, que aconteceu logo antes da COP16, em 2011. Na ocasião, o presidente reforçou a promessa de que seu país se tornaria neutro em carbono até 2020, mesmo que os maiores poluidores não entrassem em acordo sobre suas emissões.
Nasheed disse, em entrevista para o jornal americano "Herald Tribune" sobre a dificuldade de sustentar a qualidade de vida nas ilhas em função das mudanças no clima. "Se as nações não tiverem boas atitudes para elas mesmas, elas precisam pensar no bem dos demais ao redor. É importante que os Australianos e qualquer outra nação rica do mundo entendam que essa situação é diferente de tudo o que já aconteceu."
O relevo mais alto nas ilhas está apenas 2,5m acima do nível do mar. Com a média otimista de elevação das águas a um centímetro por ano, o panorama é emergencial. Em preparação a essa transformação, o país criou um fundo monetário soberano, elaborado a partir de sua receita turística, com o intuito de usá-lo para comprar terras no exterior e financiar o deslocamento da população do país.
Hellen
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